Renovação

Os novos caminhos da Baronesa

Para as próximas fases estão previstas as construções de quadras poliesportivas, auditórios e uma nova sala para o acervo

Carlos Queiroz -

Ao entrar no Parque Museu da Baronesa, a população se depara com um novo local de lazer. Inaugurado há um mês, na primeira etapa da requalificação do espaço, estão os Caminhos da Baronesa, instalação de locais de convivência de concreto com novos bancos e lixeiras, lagos (limpos) e grama plantada nas laterais. A mudança também teve a retirada e a limpeza de árvores na área ao fundo. A nova iluminação, com cerca de 150 postes, está sendo instalada. A reportagem conversou com oito pessoas que circulavam e aproveitavam as sombras das alamedas recém-construídas, e todas consideram a requalificação como necessária ao parque.

Responsável pela primeira etapa, o arquiteto e urbanista da UGP, Pablo Crespi, explica que foram feitos aproximadamente quatro quilômetros de pista nos Caminhos da Baronesa. Também foi requalificada a parte de trás do parque, próximo às ruas Mena Barreto e Alcides Torres Diniz, com substituição das grades. Está prevista ainda a construção de dois portões de acesso nas respectivas ruas. A pista possui material para drenagem, o que impede a criação de poças e formação de barro, e será iluminada com cerca de 150 novos postes. Foi retirada parte dos bambus que separavam o jardim francês do pomar dos fundos. Os serviços envolvendo o meio ambiente foram supervisionados pela Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), localizada na Casa Azul. Foram removidas cerca de 30 árvores do local, segundo o arquiteto. Outras intervenções também foram realizadas pela Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui). Ainda segundo Crespi, cerca de R$ 75 mil foram doados pelo Shopping Pelotas, através de medidas de compensação, além de R$ 213 mil em recursos próprios. Para as próximas fases estão previstas as construções de quadras poliesportivas, auditórios e uma nova sala para o acervo.

A cearense Lorena Galdino, 24, caminhava entre os lagos e os eucaliptos que habitam os fundos do Parque Museu da Baronesa. Fotografava árvores, detalhes do parque e um casal de amigos que a acompanhavam.

Ela era uma das pessoas que aproveitavam os novos caminhos. O ambiente renovado está atraindo famílias inteiras para tomar chimarrão, fazer piquenique, praticar exercícios físicos e aproveitar as férias. Sentados em cadeiras de praia e com o filho brincando no gramado em frente ao museu, o supervisor de produção Rafael Souza, 35, e a vendedora Taís Costa, 33, aproveitavam os dias de férias na cidade. Há 16 anos morando em Canoas, o casal se surpreendeu com a nova cara da parte externa. Taís morava no bairro Areal durante a infância e cresceu frequentando o local. Já o marido vê o espaço como ponto para atrair turistas e movimentar o comércio no entorno. O filho do casal, de três anos, jogava futebol tranquilamente sozinho.

Outras crianças jogavam próximas de uma academia ao ar livre montada sobre um piso de concreto.
Também com toda a família, o moleiro Silmar Espinelli, 38, aproveitava os últimos dias de férias com a esposa e duas filhas. Em 20 dias de folga frequentou três vezes o parque. Morador do bairro Jardim América, no Capão do Leão, elogiou as reformas. “Essa limpeza aqui nos fundos ficou muito boa, agora tá mais claro e a gente pode vir pra essa área também.” Um dos pontos mais comentados é o jardim dos fundos do museu, antes inseguro e agora em processo de limpeza e reformas. O jovem Leonardo Ferreira, 16, passeava com a namorada pelos Caminhos da Baronesa. A pista leva para os diferentes cantos do parque.

Perguntado sobre a nova cara do espaço, o jovem disse que agora se sente mais seguro para frequentar a área. Morador da avenida Ferreira Viana, com a revitalização pretende utilizar cada vez mais as sombras e os gramados dispostos nos 48 mil metros quadrados.

A obra de revitalização é projetada pela Feel Studio e executada pela Quality Engenharia Ltda, através da Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGP). O projeto inteiro prevê paisagismo, iluminação interna, substituição de cercas, construção de auditório e nova sala para o acervo do Museu da Baronesa. Hoje, a reserva técnica ocupa uma sala provisória do museu, sem atender aos requisitos básicos de preservação.

Diretora do museu desde 2005, Annelise Montone se mostra animada com as reformas e o futuro da Baronesa. Questionada sobre a questão do acervo, a diretora espera pelos trâmites finais para o começo da obra. O acervo foi organizado entre o Salão de Festas e algumas estantes ainda permanecem na Casa Azul até a oferta de um espaço adequado.

Horários de funcionamento
De terça a sexta, das 13h30min às 18h
Sábados e domingos, das 14h às 18h

Bilheteria do Museu
R$ 3,00

Com direito a meia-entrada para:
Estudantes
Professores
Idosos
Crianças até 12 anos não pagam

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